As Melhores do "Vai..."

quarta-feira, 28 de abril de 2010

Deficiente é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive.
Louco é quem não procura ser feliz com o que possui.
Cego é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores.
Surdo é aquele que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês.
Mudo é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia.
Paralítico é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda.Diabético é quem não consegue ser doce.
Anão é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois: Miseráveis são todos que não conseguem falar com Deus.

A amizade é um amor que nunca morre.
Somos grandes barcos feitos para navegar.
Mas quando nossas velas estão rasgadas, nossos mastros
quebrados e estamos exaustos, procuramos um porto
para relaxar e recuperar as forças.
Porém, não deveríamos ficar muito tempo nesse porto.
Nosso trabalho é estar em alto-mar.
Partir e velejar de novo. Este é o momento de nos
tornarmos claros, focalizados e determinados.
Saber como utilizar o tempo, a atenção, a energia.
Fazer cada ação contar. Acelerar, mas na direção certa
e com as coisas certas. Seguir movendo-se...

terça-feira, 27 de abril de 2010

ESCUTATÓRIA


Rubem Alves

Sempre vejo anunciados cursos de oratória. Nunca vi anunciado curso de escutatória.
Todo mundo quer aprender a falar, ninguém quer aprender a ouvir.
Pensei em oferecer um curso de escutatória, mas acho que ninguém vai se matricular.

Escutar é complicado e sutil.
Diz Alberto Caeiro que "não é bastante não ser cego para ver as árvores e as flores. É preciso também não ter filosofia nenhuma".

Filosofia é um monte de idéias, dentro da cabeça, sobre como são as coisas. Para se ver, é preciso que a cabeça esteja vazia.

Parafraseio o Alberto Caeiro:
"Não é bastante ter ouvidos para ouvir o que é dito; é preciso também que haja silêncio dentro da alma".

Daí a dificuldade: a gente não agüenta ouvir o que o outro diz sem logo dar um palpite melhor, sem misturar o que ele diz com aquilo que a gente tem a dizer. Como se aquilo que ele diz não fosse digno de descansada consideração e precisasse ser complementado por aquilo que a gente tem a dizer, que é muito melhor.

Nossa incapacidade de ouvir é a manifestação mais constante e sutil de nossa arrogância e vaidade: no fundo, somos os mais bonitos...

Tenho um velho amigo, Jovelino, que se mudou para os Estados Unidos estimulado pela revolução de 64.
Contou-me de sua experiência com os índios: reunidos os participantes, ninguém fala. Há um longo, longo silêncio.
(Os pianistas, antes de iniciar o concerto, diante do piano, ficam assentados em silêncio, [...]. Abrindo vazios de silêncio. Expulsando todas as idéias estranhas.).

Todos em silêncio, à espera do pensamento essencial. Aí, de repente, alguém fala. Curto. Todos ouvem. Terminada a fala, novo silêncio.

Falar logo em seguida seria um grande desrespeito, pois o outro falou os seus pensamentos, pensamentos que ele julgava essenciais.
São-me estranhos. É preciso tempo para entender o que o outro falou.

Se eu falar logo a seguir, são duas as possibilidades.
Primeira: "Fiquei em silêncio só por delicadeza. Na verdade, não ouvi o que você falou. Enquanto você falava, eu pensava nas coisas que iria falar quando você terminasse sua (tola) fala. Falo como se você não tivesse falado".

Segunda: "Ouvi o que você falou. Mas isso que você falou como novidade eu já pensei há muito tempo. É coisa velha para mim. Tanto que nem preciso pensar sobre o que você falou".

Em ambos os casos, estou chamando o outro de tolo. O que é pior que uma bofetada.

O longo silêncio quer dizer: "Estou ponderando cuidadosamente tudo aquilo que você falou". E assim vai a reunião.
Não basta o silêncio de fora. É preciso silêncio dentro. Ausência de pensamentos.
E aí, quando se faz o silêncio dentro, a gente começa a ouvir coisas que não ouvia.

Eu comecei a ouvir.

Fernando Pessoa conhecia a experiência, e se referia a algo que se ouve nos interstícios das palavras, no lugar onde não há palavras.

A música acontece no silêncio. A alma é uma catedral submersa. No fundo do mar - quem faz mergulho sabe - a boca fica fechada. Somos todos olhos e ouvidos. Aí, livres dos ruídos do falatório e dos saberes da filosofia, ouvimos a melodia que não havia, que de tão linda nos faz chorar.

Para mim, Deus é isto: a beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também.

Comunhão é quando a beleza do outro e a beleza da gente se juntam num contraponto.

A ESCOLA DOS BICHOS

Rosana Rizzuti

Conta-se que vários bichos decidiram fundar uma escola. Para isso reuniram-se e começaram a escolher as disciplinas.

O Pássaro insistiu para que houvesse aulas de
vôo. O Esquilo achou que a subida perpendicular em árvores era fundamental. E o Coelho queria de qualquer jeito que a corrida fosse incluída.

E assim foi feito, incluíram tudo, mas...
cometeram um grande erro. Insistiram para que todos os bichos praticassem todos os cursos oferecidos.

O Coelho foi magnífico na corrida, ninguém corria como ele. Mas queriam ensiná-lo a voar.
Colocaram-no numa árvore e disseram: "Voa,
Coelho". Ele saltou lá de cima e "pluft"...
coitadinho! Quebrou as pernas. O Coelho não
aprendeu a voar e acabou sem poder correr também.

O Pássaro voava como nenhum outro, mas o
obrigaram a cavar buracos como uma topeira.
Quebrou o bico e as asas, e depois não conseguia voar tão bem, e nem mais cavar buracos.

SABE DE UMA COISA?

Todos nós somos diferentes uns dos outros e cada um tem uma ou mais qualidades próprias dadas por DEUS.

Não podemos exigir ou forçar para que as
outras pessoas sejam parecidas conosco ou tenham nossas qualidades.

Se assim agirmos, acabaremos fazendo com que elas sofram, e no final, elas poderão não ser o que queríamos que fossem e ainda pior, elas poderão não mais fazer o que faziam bem feito.

RESPEITAR AS DIFERENÇAS É AMAR AS PESSOAS COMO ELAS SÃO.

O Busão e o Twitter!!

Se alguém perguntar se é possível viajar de ônibus entre vários estados do Brasil, ao longo dos quais se pode embarcar pessoas maravilhosas e seguir num delicioso passeio sem destino final, até porque não se espera que haja um final, tudo isso em fração de segundos... Eu digo é possível!
Nunca havia experimentado isso, confesso não ser íntimo de msn, orkut e outros, mas o twitter me cativou.

Não diferente de situações anteriores um amigo disse: “vou criar um twitter pra você...” Pensei que não iria vingar, mas vingou. Uma grande porta se abriu e grandes descobertas se fizeram reais.

A cada novo ponto, o #BusãoTwitteiro embarcou novos passageiros, pessoas maravilhosas que carregam consigo virtudes incontestáveis e me fizeram merecer sua amizade.

Nessas viagens relâmpago do nosso busão marcaram presença a @luizamara com toda sua irreverência contagiante, o @moisesluz com sua adimirável simplicidade, o @prtristao e seus sábios conselhos, a @heliabh com todo seu carinho e inúmeros outros passageiros que jamais farão jus ao sentido literal da palavra. De passageiros eles nada tem, eles são eternos porque tornaram-se verdadeiros amigos.

A sociedade secreta e seus enigmas, ganharam vida por lá e, em muitos momentos, nos proporcionaram gargalhadas memoráveis com as palavras do nosso Mentor Intelectual @itabahia28 e a submissão de seus servos @moisesluz, @michaelrosa13 e, claro, todos os passageiros do nosso busão, inclusive eu.

Momentos inebriantes que fizeram com que nosso tempo juntos fosse muito divertido.

O tempo passa e o twitter também, não passa esse sentimento de carinho e cumplicidade, esses nunca passam. Eles representam a amizade. Por isso mesmo, eu digo é possível!

Eu digo é possível porque acredito na amizade e estou certo de que nada acontece por acaso. Ter conhecido a todos me enche de alegria. Alegria de saber que os levo comigo por onde quer que eu vá, alegria de saber que, como pude ler e ouvir diversas vezes no twitter, a recíproca é sempre muito verdadeira.

Grande abraço amigos twitteiros de plantão!!

A FÁBULA DA ÁGUIA E DA GALINHA



Esta é uma história que vem de um pequeno país da África Ocidental, Gana, narrada por um educador popular, James Aggrey, nos inícios deste século, quando se davam os embates pela descolonização. Oxalá nos faça pensar sempre a respeito.

"Era uma vez um camponês que foi à floresta vizinha apanhar um pássaro, a fim de mantê-lo cativo em casa. Conseguiu pegar um filhote de águia.

Colocou-o no galinheiro junto às galinhas. Cresceu como uma galinha.

Depois de cinco anos, esse homem recebeu em sua casa a visita de um naturalista.

Enquanto passeavam pelo jardim, disse o naturalista:

- Esse pássaro aí não é uma galinha. É uma águia.

- De fato, disse o homem.- É uma águia. Mas eu a criei como galinha. Ela não é mais águia. É uma galinha como as outras.

- Não, retrucou o naturalista.- Ela é e será sempre uma águia. Este coração a fará um dia voar às alturas.

- Não, insistiu o camponês. Ela virou galinha e jamais voará como águia.

Então decidiram fazer uma prova. O naturalista tomou a águia, ergueu-a bem alto e, desafiando-a, disse:

- Já que você de fato é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, então abra suas asas e voe!

A águia ficou sentada sobre o braço estendido do naturalista. Olhava distraidamente ao redor. Viu as galinhas lá embaixo, ciscando grãos. E pulou para junto delas.

O camponês comentou:

- Eu lhe disse, ela virou uma simples galinha!

- Não, tornou a insistir o naturalista. - Ela é uma águia. E uma águia sempre será uma águia. Vamos experimentar novamente amanhã.

No dia seguinte, o naturalista subiu com a águia no teto da casa.

Sussurrou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, abra suas asas e voe!

Mas, quando a águia viu lá embaixo as galinhas ciscando o chão, pulou e foi parar junto delas.

O camponês sorriu e voltou a carga:

- Eu havia lhe dito, ela virou galinha!

- Não, respondeu firmemente o naturalista. - Ela é águia e possui sempre um coração de águia. Vamos experimentar ainda uma última vez. Amanhã a farei voar.

No dia seguinte, o naturalista e o camponês levantaram bem cedo. Pegaram a águia, levaram-na para o alto de uma montanha. O sol estava nascendo e
dourava os picos das montanhas.

O naturalista ergueu a águia para o alto e ordenou-lhe:

- Águia, já que você é uma águia, já que você pertence ao céu e não à terra, abra suas asas e voe!

A águia olhou ao redor. Tremia, como se experimentasse nova vida. Mas não voou. Então, o naturalista segurou-a firmemente, bem na direção do sol, de sorte que seus olhos pudessem se encher de claridade e ganhar as dimensões do vasto horizonte.

Foi quando ela abriu suas potentes asas.

Ergueu-se, soberana, sobre si mesma. E começou a voar, a voar para o alto e voar cada vez mais para o alto.

Voou. E nunca mais retornou."

Existem pessoas que nos fazem pensar como galinhas. E ainda até pensamos
que somos efetivamente galinhas. Porém é preciso ser águia. Abrir as asas e voar. Voar como as águias. E jamais se contentar com os grãos que jogam aos pés para ciscar.”

Extraído de artigo publicado pela Folha de São Paulo, por Leonardo Boff, teólogo, escritor e professor de ética da UERJ.

terça-feira, 20 de abril de 2010

O título desse texto na verdade não é meu, e sim de um poema do uruguaio Mario Benedetti. No original, chama-se "Alegría de la tristeza" e está no livro "La vida ese paréntesis" que, até onde sei, permanece inédito no Brasil.

O poema diz que a gente pode entristecer-se por vários motivos ou por nenhum motivo aparente, a tristeza pode ser por nós mesmos ou pelas dores do mundo, pode advir de uma palavra ou de um gesto, mas que ela sempre aparece e devemos nos aprontar para recebê-la, porque existe uma alegria inesperada na tristeza, que vem do fato de ainda conseguirmos senti-la.

Pode parecer confuso mas é um alento. Olhe para o lado: estamos vivendo numa era em que pessoas matam em briga de trânsito, matam por um boné, matam para se divertir. Além disso, as pessoas estão sem dinheiro. Quem tem emprego, segura. Quem não tem, procura. Os que possuem um amor desconfiam até da própria sombra, já que há muita oferta de sexo no mercado. E a gente corre pra caramba, é escravo do relógio, não consegue mais ficar deitado numa rede, lendo um livro, ouvindo música. Há tanta coisa pra fazer que resta pouco tempo pra sentir.

Por isso, qualquer sentimento é bem-vindo, mesmo que não seja uma euforia, um gozo, um entusiasmo, mesmo que seja uma melancolia. Sentir é um verbo que se conjuga para dentro, ao contrário do fazer, que é conjugado pra fora.

Sentir alimenta, sentir ensina, sentir aquieta. Fazer é muito barulhento.

Sentir é um retiro, fazer é uma festa. O sentir não pode ser escutado, apenas auscultado. Sentir e fazer, ambos são necessários, mas só o fazer rende grana, contatos, diplomas, convites, aquisições. Até parece que sentir não serve para subir na vida.

Uma pessoa triste é evitada. Não cabe no mundo da propaganda dos cremes dentais, dos pagodes, dos carnavais. Tristeza parece praga, lepra, doença contagiosa, um estacionamento proibido. Ok, tristeza não faz realmente bem pra saúde, mas a introspecção é um recuo providencial, pois é quando silenciamos que melhor conversamos com nossos botões. E dessa conversa sai luz, lições, sinais, e a tristeza acaba saindo também, dando espaço para uma alegria nova e revitalizada. Triste é não sentir nada.
Martha Medeiros

domingo, 18 de abril de 2010

Vai... Vai... Vai...

sábado, 17 de abril de 2010

PEDAÇOS DE MIM

Eu sou feito de
Sonhos interrompidos
detalhes despercebidos
amores mal resolvidos

Sou feito de
Choros sem ter razão
pessoas no coração
atos por impulsão

Sinto falta de
Lugares que não conheci
experiências que não vivi
momentos que já esqueci

Eu sou
Amor e carinho constante
distraída até o bastante
não paro por instante


Tive noites mal dormidas
perdi pessoas muito queridas
cumpri coisas não-prometidas

Muitas vezes eu
Desisti sem mesmo tentar
pensei em fugir,para não enfrentar
sorri para não chorar

Eu sinto pelas
Coisas que não mudei
amizades que não cultivei
aqueles que eu julguei
coisas que eu falei

Tenho saudade
De pessoas que fui conhecendo
lembranças que fui esquecendo
amigos que acabei perdendo
Mas continuo vivendo e aprendendo.



Martha Medeiros.




Um Vaiii a todos!


@luizamara

quarta-feira, 14 de abril de 2010

APELO

Ohh Sábio e Grandioso Mentor, 


onde vossa sabedoria repousa em suas férias? 
Nos abandonou  e em sua ausencia o caos se formou...


Brigas, ciumes e traições se instalaram em nosso meio.


Volte Mentor, volte...




@luizamara

terça-feira, 13 de abril de 2010

Pesquisa Sensus - O limite de voto de cada candidato

O Instituto Sensus, na pesquisa fechada no último dia 9, véspera do lançamento de José Serra a presidente da República, quis saber dos 2 mil entrevistados qual o limite de votos de cada candidato à vaga de Lula.

Resultado:

Único em que votaria

Dilma - 23%

Serra: 22,8%

Ciro - 9,3%

Marina - 7,9%

Poderia votar

Dilma - 37,7%

Serra - 40%

Ciro - 48,7%

Marina - 40,1%

Não votaria

Dilma - 26,3%

Serra - 28,1%

Ciro - 27,9%

Marina - 30,7%

Não conhece

Dilma - 8,3%

Serra - 4%

Ciro - 8,7%

Marina - 15,9%

A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o número 7594/2010 no último dia em 5.

Sensus aponta empate entre Serra e Dilma

Foi divulgada nesta terça-feira, 13 de abril, uma nova pesquisa eleitoral sobre as intenções de voto para a corrida presidencial de 2010. O mais recente levantamento, realizado pelo Instituto Sensus, revela um empate técnico entre a ex-ministra e pré-candidata do PT à presidência, Dilma Rousseff, e o paulista, José Serra.

Ratificando o que já era esperado, Dilma continua subindo nas pesquisas e, nesse último levantamento, atingiu 32,3% das intenções de voto. Em contrapartida, José Serra continua em sua trajetória descendente e, 32,7% dos entrevistados declararam que votariam no candidato tucano. Dilma e Serra são seguidos por Ciro Gomes (PSB) e Marina Silva (PV) que registraram, respectivamente, 10,1% e 8,1% das intenções de voto.

Segundo o Instituto Sensus, 7,7% dos entrevistados disseram que votariam em branco ou anulariam o voto e, 9,1% não responderam ou disseram não saber em quem votar.

Também foi analisado um cenário sem a presença do deputado federal, Ciro Gomes (PSB). Nele, Dilma Rousseff aparece com 34,0% e José Serra com 36, 8%. A senadora, Marina Silva (PV), fica com 10,6%. Brancos e nulos totalizaram 9,1% e, não sabem ou não responderam 9,5%.

Em uma simulação, sobre um possível segundo turno, entre Dilma Rousseff e José Serra, a disputa segue acirrada e apenas 2 pontos percentuais separam os dois pré-candidatos. Dilma ficaria com 39,7% e Serra alcançaria 41,7% das intenções de votos. Brancos e nulos totalizaram 10,1% e não sabem ou não responderam 8,5%.

Foram 2 mil entrevistas feitas entre 5 e 9 de abril em 136 municípios de 24 Estados.

Esses são os resultados da pesquisa de intenção de votos para presidente da República aplicada pelo Instituto Sensus por encomenda do Sindicato dos Trabalhadores da Construção Pesada e Afins do Estado de São Paulo.

Portal IG

sábado, 10 de abril de 2010

A Dor que dói mais...

Trancar o dedo numa porta dói. Bater com o queixo no chão dói. Torcer o tornozelo dói. Um tapa, um soco, um pontapé, dóem. Dói bater a cabeça na quina da mesa, dói morder a língua, dói cólica, cárie e pedra no rim. Mas o que mais dói é saudade.
Saudade de um irmão que mora longe. Saudade de uma cachoeira da infância. Saudade do gosto de uma fruta que não se encontra mais. Saudade do pai que já morreu. Saudade de um amigo imaginário que nunca existiu. Saudade de uma cidade. Saudade da gente mesmo, quando se tinha mais audácia e menos cabelos brancos. Dóem essas saudades todas. 
Mas a saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama. Saudade da pele, do cheiro, dos beijos. Saudade da presença, e até da ausência consentida. Você podia ficar na sala e ele no quarto, sem se verem, mas sabiam-se lá. Você podia ir para o aeroporto e ele para o dentista, mas sabiam-se onde. Você podia ficar o dia sem vê-lo, ele o dia sem vê-la, mas sabiam-se amanhã. Mas quando o amor de um acaba, ao outro sobra uma saudade que ninguém sabe como deter.

Saudade é não saber. Não saber mais se ele continua se gripando no inverno. Não saber mais se ela continua clareando o cabelo. Não saber se ele ainda usa a camisa que você deu. Não saber se ela foi na consulta com o dermatologista como prometeu. Não saber se ele tem comido frango de padaria, se ela tem assistido as aulas de inglês, se ele aprendeu a entrar na Internet, se ela aprendeu a estacionar entre dois carros, se ele continua fumando Carlton, se ela continua preferindo Pepsi, se ele continua sorrindo, se ela continua dançando, se ele continua pescando, se ela continua lhe amando.

Saudade é não saber. Não saber o que fazer com os dias que ficaram mais compridos, não saber como encontrar tarefas que lhe cessem o pensamento, não saber como frear as lágrimas diante de uma música, não saber como vencer a dor de um silêncio que nada preenche.

Saudade é não querer saber. Não querer saber se ele está com outra, se ela está feliz, se ele está mais magro, se ela está mais bela. Saudade é nunca mais querer saber de quem se ama, e ainda assim, doer.
Martha Medeiros


Beijo em vosso coração,

@luizamara

sexta-feira, 9 de abril de 2010

FHC não deu a mínima para Educação

Sexta, 9 de abril de 2010, 07h46

Veja, Recôncavo, Sertão e UFRB

Emiliano José
De Salvador (BA)

O pensamento conservador, à falta de argumentos mais consistentes para criticar empreendimentos que melhoram a vida do povo, busca sempre dizer que aquilo poderia ser muito melhor e já que não é melhor significa que não presta.

É assim que age a revista Veja quando se refere ao extraordinário crescimento do ensino superior que vem ocorrendo sob o governo Lula, que já conseguiu inaugurar 14 novas universidades federais. Como não há como contestar esse crescimento, como não há como comparar o governo Lula com o de Fernando Henrique Cardoso, então se trata de tentar desqualificar o que vem sendo feito. Foi o que fez a revista no exemplar de 7 de abril, numa matéria inconsistente, com um evidente viés ideológico, com um claríssimo objetivo político. É a campanha de Serra em pleno desenvolvimento, sacando-se, para isso, das aparentes armas objetivas do jornalismo.

De modo particular, quero me referir ao ataque sofrido pela Universidade Federal do Recôncavo. Soube que o repórter, ao entrevistar o reitor Paulo Gabriel, chegou a perguntar-lhe se ele achava que se justificava uma universidade no Sertão. É, no sertão. O repórter não sabia distinguir o Recôncavo Baiano, de tantas e magníficas histórias, um dos berços do País, do Sertão Baiano, também palco da construção do Brasil. A pergunta revelou ignorância e preconceito. Quem disse que uma universidade no Sertão não se justificaria? E por que não no Recôncavo? É o pensamento de nossa elite, com os olhos postados exclusivamente no Centro-Sul, que faz com que repórteres raciocinem assim, de modo tão preconceituoso. Criação de universidades no Nordeste não cabe.

Era assim que pensava a oligarquia baiana também. Durante décadas, orgulhava-se de o Estado contar com apenas uma instituição de ensino superior, a Universidade Federal da Bahia. Foi preciso chegarmos ao governo Lula, ao presidente operário, para que começássemos a valorizar efetivamente o ensino público superior e para, no caso da Bahia, superarmos a triste condição de contarmos somente com a UFBA.

O presidente-professor, FHC, não deu a mínima para a educação no País, e estava se lixando para a universidade pública. Disso, a Veja não fala. Insinua que seria muito melhor subsidiar as faculdades particulares do que criar novas universidades públicas, que só envolveria, na opinião de Veja, "altos gastos e baixa produtividade". O pensamento neoliberal ali fez e faz escola. De cima a baixo.

A criação da Universidade Federal do Recôncavo foi fruto de um impressionante movimento da sociedade civil de todos os municípios da região. Assembléias e mais assembléias sacudiram o Recôncavo, e ela se tornou uma realidade em 2005. Conta atualmente com 4.735 alunos na Graduação, 36 alunos no Doutorado, 159 em cursos de Mestrado. São, portanto, quase 5 mil alunos, e mais 435 professores, 552 servidores e 32 cursos até 30 de março de 2010. E a UFRB tem participado ativamente do programa Todos Pela Alfabetização (Topa), do governo da Bahia, formando mais de 2.200 alfabetizadores e coordenadores de turmas.

Uma pergunta inocente: não seria o caso de o repórter se preocupar com esses dados, perguntar sobre eles, ao menos informar os leitores sobre os números, mesmo que os distorcesse, como é da rotina de Veja? Não, mas aí ficaria evidente o benefício que a UFRB traz à população, ao Recôncavo, à Bahia, ao Brasil. E a pauta naturalmente não pedia isso. Seguia a linha Ali Kamel, do teste de hipóteses. Não importa a realidade. Importa o que a pauta pede. Os fatos que se danem.

O repórter não quer saber de estudantes, de professores, de funcionários, do significado de tudo isso para a população e para toda a região. Não quer porque é orientado para não querer. Segue a pauta, tal e qual lhe foi entregue. Tem que provar a hipótese da chefia.

E talvez coubesse outra pergunta inocente: e será que uma instituição universitária como a UFRB surge assim do nada, de repente, se afirma com a rapidez de uma fábrica, como uma linha de montagem? Claro que não. Quem conhece uma instituição acadêmica sabe que ela tem que dar passos, às vezes não tão rápidos, para se consolidar. Para criar uma cultura em torno dela. Mas, para que perguntar isso, refletir sobre isso, se o importante é tentar desqualificar aquilo que o governo Lula está fazendo?

Penso que a UFRB, nesses poucos anos de existência, sob a direção do professor Paulo Gabriel, já conseguiu feitos impensáveis, como os próprios números que adiantamos indicam. E não são apenas aqueles números. A instituição está presente em Cruz das Almas, onde se localiza a Reitoria, Amargosa, Santo Antonio de Jesus e Cachoeira, municípios que somados totalizam quase 215 mil habitantes.

Chegará proximamente a Santo Amaro da Purificação, por decisão do ministro Fernando Haddad, e depois a Nazaré das Farinhas e Valença, que estavam originalmente no projeto da instituição. O mínimo de sensibilidade indicaria o quanto foi importante para essa região da Bahia a criação da UFRB. Mas, não. À Veja o que interessa é a campanha do Serra, é desqualificar qualquer ação do governo Lula, e não importa que desonestamente, e não importa que contrariando os padrões mais elementares do bom jornalismo.

Certamente, o repórter, seguindo a pauta, não queria saber qual o impacto social, econômico, cultural que uma universidade traz a uma região. Sem exagero, a UFRB está mudando o Recôncavo. Cruz das Almas foi a segunda cidade da Bahia com maior saldo de empregos no primeiro quadrimestre de 2009, perdendo somente para Salvador, e isso seguramente tem a ver com a presença da UFRB. Cachoeira hoje é outra cidade, belíssima, com a impressionante recuperação de prédios históricos decorrente da chegada da UFRB. A região ganhou dinamismo e vitalidade. O comércio foi alavancado, o ramo de materiais de construção cresceu. E universidade representa cultura. E educação. E o resgate do sentimento do Recôncavo, aumento da auto-estima, identidade coletiva que se afirma.

E a alegria da juventude, que não precisa viajar para outros rincões para estudar. E há estudantes de vários cantos do País chegando à UFRB. Mas que interesse tem Veja nisso? Nenhum. Quer apenas fazer campanha, não importa tenha de mentir, escamotear, deixar o jornalismo de lado. Sorte que os estudantes, os professores, os servidores, todo o Recôncavo, o orgulhoso Recôncavo de hoje, sabem da importância da universidade, da UFRB que veio para ficar. Ela é bem maior do que as mentiras e omissões de Veja.


Emiliano José é jornalista, escritor e professor da UFBA. Site: www.emilianojose.com.br.

Fale com Emiliano José: dep.emilianojose@camara.gov.br

quarta-feira, 7 de abril de 2010

Saudação ao Mentor Ausenteeeeeee "VAAAAAIIIIIII" Aooooooaaaaaaa

Louvado seja nosso Mentor ausente....

Amados (as),

Dando continuidade da Campanha Internacional "VAI", trazemos uma pequena contribuição à vossa eminência reverendíssima @mentor

Paz e bem... a sociedade "VAI"

Por: Assessor Nª1 , Michael Rosa, Moises Luz

Vai Levando

Chico Buarque

Composição: Chico Buarque / Caetano Veloso
Mesmo com toda a fama, com toda a brahma
Com toda a cama, com toda a lama
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa chama
Mesmo com todo o emblema, todo o problema
Todo o sistema, todo Ipanema
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa gema
Mesmo com o nada feito, com a sala escura
Com um nó no peito, com a cara dura
Não tem mais jeito, a gente não tem cura
Mesmo com o todavia, com todo dia
Com todo ia, todo não ia
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa guia
Mesmo com todo rock, com todo pop
Com todo estoque, com todo Ibope
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando esse toque
Mesmo com toda sanha, toda façanha
Toda picanha, toda campanha
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa manha
Mesmo com toda estima, com toda esgrima
Com todo clima, com tudo em cima
A gente vai levando, a gente vai levando, a gente vai levando
A gente vai levando essa rima
Mesmo com toda cédula, com toda célula
Com toda súmula, com toda sílaba
A gente vai levando, a gente vai tocando, a gente vai tomando, a gente vai dourando essa pílula !

segunda-feira, 5 de abril de 2010

Policial é confundido com professor e leva surra da polícia de Serra

Saiu no Azenha:

Policial civil é confundido com professor, preso e agredido por PMs


O policial civil Jefferson Cabral sendo preso

Na sexta-feira passada, mais de 40 mil professores paulistas foram impedidos pela tropa de choque da Polícia Militar de chegar até o Palácio do Morumbi, sede do governo estadual, para apresentar suas reivindicações.

Na oportunidade, bombas de gás lacrimogêneo e de efeito moral, gás pimenta e muitas balas de borracha transformaram as imediações do Palácio em palco de uma batalha campal.

Sindicalista e policial civil, Jeferson Cabral foi confundido com um professor, mantido preso e espancado por cerca de três horas dentro de uma viatura até que foi levado ao 34ª DP de Francisco Morato. Com a roupa rasgada e acompanhado por dirigentes do Sindicato dos Investigadores de Polícia, Jeferson foi até a Corregedoria denunciar os inumeráveis abusos dos quais foi vítima.

Ainda mancando com problemas no joelho e dores por todo o corpo, Jefferson Cabral falou sobre os descaminhos do desgoverno tucano e da importância da unidade de todos os servidores com a comunidade para derrotar a intransigência.

Clique aqui para ler a íntegra.

sábado, 3 de abril de 2010

Agente VAI se superando

Musica da Campanha "VAI" por Ricky Martin


Para abrir a musica click no link:

The Cup Of Life - A Copa da Vida


Você realmente quer isso?
yeah
Você realmente quer isso?
yeah
Você realmente quer isso?
yeah

A copa da vida
Esta é uma
Agora é o tempo
Não pare nunca

Empurre para frente
Depois deixe rolar
Empurre para frente
Vai vai vai

Como Caim e Abel
É uma partida cruel
Tem que lutar por uma estrela
Consiga com honra
A copa do amor
Para sobreviver e lutar por ela

Você realmente quer isso? (yeah!)
Você realmente quer isso? (yeah!)

Vamos! Ale, Ale, Ale
Vai, vai, vai! Ale, Ale, Ale
Hoje é a noite
Nós iremos celebrar
A copa da vida, Ale, Ale, Ale

A copa da vida
É viver ou morrer
É aqui, é agora
Virem-se as luzes

A copa é
A benção
A ganhará
Vai vai vai

Um, dois, três! Ole, ole, ole
Um, dois, três, Ale, ale, ale
Esta é a noite
Nós iremos celebrar
A copa da vida, Ale, ale, ale


Orientação - Importante

Caros (as) Amigos (as),

Louvado Seja Nosso Mentorrrrr


A Campanha avança mundo afora, temos a missão de disseminar ainda mais, todos temos a responsabilidade de manter o segredo do “VAI”, mas também buscar novos adeptos.


Começamos a trilhar na luta pelos menos favorecidos, sem diferenças de credo, cor, e opção sexual. Vamos em frente, neste caminho chegaremos a todos os continentes em breve....

Shalon




Meu testemunho

Carissimos Companheiros,
Nobre Mentor,


Gostaria de aqui relatar meu testemunho de como o VAI mudou minha vida.


Desde que fui honrada com convite para integrar este movimento nunca mais fui a mesma, após passar por severos testes fui aceita pelo nosso Venerável Mentor.


Comecei então me dedicar dia após dia a esta nobre causa, divulgando o VAI por todos os lugares por onde andei.
A quem diga que fui favorecida em meus testes, por ter sido indicada pelo Michael, mas não fui não, por este motivo mesmo nosso Mentor não me poupou em seus severos teste, me fazendo suar a camisa. Sem contar os vários testes aos quais o Michael me submeteu.


Passei ainda por testes com nosso assessor n° 1, o @phillipsoares13 os quais me exigiram muita dedicação.
Mas o que gostaria realmente de relatar é como o VAI me fez uma pessoa melhor, ver esta campanha tomar conta do mundo é de um prazer imenso.


Fico extasiada a cada vez que solto um VAI por aí.


Sinto meu coração acelerar, minhas mãos soarem, minhas pernas ficam tremulas, é um prazer quase que orgástico.


Vou seguir por este mundo a fora me dedicando ao VAI, e a seus organizadores.
É uma honra serva mais serva desta causa.


E não se esqueçam de incorporar o VAI em seus dias, nos momentos de prazer soltem um
Vai,vai,vaiiii. 
Nos momentos de raiva não deixem de soltar um Ah VAIII...




Um grande e sonoro VAI...


Beijo grande.




Luiza Mara 
@luizamara



sexta-feira, 2 de abril de 2010

Rompendo os Limites dos Continentes


Caríssimo Mentor intelectual e demais seguidores da Campanha Internacional,

Sinto-me honrado em poder participar deste momento ímpar na história de nossa "sociedade secreta". A iniciativa de abrir para os meios eletrônico parte de nossos segredos incontestáveis é a mais clara demonstração de serenidade, inteligência e ousadia de nosso ilustre Mentor.

Estou certo que essa ferramenta marca, sem dúvida alguma, significativo avanço para a conquista de nossos intentos. Dominar o planeta Terra e depois alcançar os limites do universo é um desafio que nos motiva todos os dias a seguir em frente rompendo os limites dos continentes.

Não podemos jamais esquecer de nosso principal lema, nossa bandeira deve estar sempre asteada e os seus dizeres sempre ostentados orgulhosamente. O "VAI..." é nosso principal fundamento e nossa bússola em cada decisão estratégica que tomamos.

Por isso mesmo, não posso me furtar de registrar alguns "VAI..." nesse importante momento de nossa sociedade:

Um "VAI..." à demagogia e à hipocrisia que nos rondam todos os dias.

Um "VAI..." ao preconceito e ao pré-julgamento de valores.

Um "VAI..." ao capital especulativo e às políticas que estimulam desiguladades sociais.

Um "VAI..." ao radicalismo e ao fundamentalismo.

Um "VAI..." à falta de amor e preservação ao nosso planeta.

Seriam muitos "VAI..." prá enumerar nossa realidade, por isso mesmo, sinto-me reanimado a seguir em frente com a abertura desse novo portal. Estou certo que, nunca antes na história da Camapanha "VAI...", um salto tão considerável tenha se registrado.

Parabéns Mentor e amigos solidários a esse projeto!

Sigamos em frente, rompendo os limites dos continentes e alcançaremos o universo.


"VAI..."

@phillipsoares13 - O assessor n° 1.



O PIG e a Telebrás

Companheiros e companheiras,

O partido da imprensa golpista (PIG) não suportou, como é de seu feitio neoliberal e capitalista, ver a candidata do povo crescer nas pesquisas. Após um período sem entender o que teria acontecido, o PIG partiu para a intriga e para o jogo sujo, usando o que tem de mais poderoso: a pena e o lápis dos jornalistas e órgãos de imprensa patrocinados pelos donos do capital que não querem servir ao povo, mas sim servir-se do povo.

Além da pesquisa com dados obtidos com o chamado "vício de origem" feita pelo Datafolha, o caso da Telebrás está sendo bastante significativo para mostrar aos ainda incrédulos que o PIG existe, é forte e não pode ser desprezado.

Bastou o companheiro Lula ter afirmado que a empresa será reativada e que dará lucro para ser reinvestido em benefício da população menos favorecida, para os abutres do PIG voltarem contra ela suas baterias de infâmias e calúnias através dos mesmos jornais e revistas de sempre. Assim aconteceu com o caso da Eletronet, com o da suspeita de caixa dois e com o da nota do Tesouro. Embora as acusações não resistam aos mais simples argumentos, a tática é usar as manchetes e os textos mentirosos repetidas vezes, até parecer ser verdade.

A última tentativa que está sendo feita é a de semear intrigas entre membros do PT no governo e destes com os partidos que compõem a base aliada, pretendendo criar uma desestabilização interna que anteceda e favoreça o lançamento da candidatura de Serra.

Para isso, as publicações dos últimos dias ilustram bem essa tentativa. No dia 26, o boletim Teletime publicou matéria sob o título "PMDB aposta nos Correios como gestor do PNBL". No dia 30, o ministro Hélio Costa, em matéria divulgada pela imprensa, desmentiu o Teletime, afirmando que "Muito embora os Correios tenham capacidade para administrar o projeto, a empresa não foi considerada no processo. A principal opção em debate no governo é a de usar a Telebrás para ser a operadora do Plano Nacional de Banda Larga". Mesmo assim, ainda no dia 30 o Teletime enviava para seus seguidores no Twitter a matéria do dia 26, numa clara tentativa de reforçar a idéia que já sabia ser mentirosa, o que foi comprovado com as declarações do novo ministro Filardi: "Isso (a possibilidade dos Correios assumirem a banda larga) saiu agora. Não sei por que. Não há menor possibilidade. Não vi ninguém no ministério falando nisso e está fora de cogitação”.

Ainda no dia 29, ao ver que o PNBL não fora anunciado em nenhum dos seis eixos do PAC-2, o PIG "deitou e rolou", afirmando que as dúvidas sobre a Telebrás era o que estava emperrando o Plano.

Na audiência pública sobre o PNBL havida na Câmara no dia 30, embora o secretário Rogério Santanna e o ex-presidente da Anatel Pedro Ziller tenham sido bastantes claros e enfáticos ao dizer que a Telebrás é a melhor opção para gerir o PNBL, o PIG publicou em destaque apenas a versão das operadoras, onde estas afirmavam que são a melhor opção e que a Telebrás seria deficitária se viesse a ser utilizada.

No final do dia 30, ao perceber que a intriga ligando o PMDB e os Correios ao PNBL caíra por terra, o boletim Convergência Digital lança outra intriga sob o título "Serpro trabalha nos bastidores para operar rede nacional de banda larga", pretendendo intrigar o companheiro Mazoni, presidente do Serpro, com o companheiro Santanna, secretário de Logística e TI do Ministério do Planejamento e arquiteto da participação da Telebrás como gestora do PNBL.

No dia 31, é a vez da famigerada Folha de São Paulo se revezar com os demais e requentar o assunto já desmentido, publicando, em subtítulo, que a MP que cria os Correios S.A. "pode ser o primeiro passo para estatal abraçar programa de banda larga". Também no dia 31, jornal Valor Econômico (sociedade da Globo com a Folha) estampa manchete dizendo que a bolsa havia vetado a participação da Telebrás no seu índice, por ela ser inoperante.

Enfim, com o apoio também do demo-tucanato, a intenção do PIG é bastante clara e se baseia em quatro eixos:
- intrigar os membros do governo e da base aliada ligados ao PNBL, visando impossibilitar a execução deste plano;
- levar a população a acreditar que a reativação da Telebrás tem o objetivo de apenas beneficiar a criação de cargos públicos e membros do PT que teriam "interesses na empresa";
- se não conseguir detonar o PNBL, fazer com que as grandes operadoras o liderem, através de subsídios fiscais (leia-se: impostos pagos pelo povo);
- evitar que o companheiro Lula reative a Telebrás e, assim, não cumpra com o que afirmou publicamente, para depois acusá-lo de ter enganado o povo.

O que o PIG e demo-tucanato ainda não perceberam é que não foi com mentiras, com enganações e com trapaças que Lula e o PT conquistaram a confiança do Brasil e até do mundo nos últimos 25 anos. Não foi também com covardia política ou pessoal que Lula se transformou no presidente mais popular, respeitado e admirado que este país já teve, como atestam as últimas pesquisas que lhe dão quase 80% de aprovação popular. Esse índice, para um presidente em final de mandato e após oito anos de gestão, é um fato inédito na história do Brasil.

Não perceberam também que podem até enganar muitos durante algum tempo, mas o povo honesto e simples tem mais sabedoria do que eles supõem, e não poderá ser enganado durante todo o tempo. Assim foi com Lula nas últimas duas eleições e será com Dilma em outubro.

Um abraço e DILMA 2010!

Roberto Carvalho

Fonte: Blog da Dilma